terça-feira, 25 de outubro de 2011

1. vez de F.

AMIGOS, DEVIDO A INSISTENCIA DE VOCES, VOU RELATAR O OCORRIDO DO PRIMEIRO ACASALAMENTO DE UM AMIGO NOSSO, AQUI DENOMINADO COMO F.

Há cerca de uns 10 anos atras, F. brincava como qualquer outro "piá" da região, caçava passarinho, pescava, jogava bola, numa pequena cidade, que aqui vamos chamar, deixa eu imaginar, um nome ficticio, Peabiru, pronto, F.ficava brincando na area rural de Peabiru.

Certo dia, seu padrinho veio visitar F. e seus familiares, e ficou assustado, como um menino daquela idade, ainda não havia perdido a virgindade.

Tomou uma decisão em conjunto com o pai de F. e ficou acertado que no outro dia de manhã, F. e seu padrinho iriam pegar a estrada para Peabiru para que F. pudesse descobrir as maravilhas e prazeres da conjunção carnal.

Amanheceu o dia, e estão os 02 na estrada, mas para chegar em Peabiru, há um rio, e ao se aproximar desse rio, F. e seu padrinho, um homem muito distinto e conhecido na região, se depararam com uma enorme fila, ao que o padrinho de F. já foi gritando:

- Pessoar, abra caminho pro meu afiado (afiado é foda), passar, hoje é um dia mutcho importanti, pois ele vai virar home (sabem como caipira fala né).

Nisso o pessoal começou a abrir passagem para F. e seu padrinho.

O padrinho de F, estava euforico, dizendo:
- Assim que voismece chegar nesse rio, voismece vai estar a um passo de ser um home di verdadi, pois oce vai faze sexo...

Chegando na beira do rio, F. se deparou com um jumentinho, e seu padrinho já chegou falando:

- Vai F., podi monta nu bicho, oce vai primeiro, vai lá...

F. olhou para o jumentinho, e lembrou das galinhas que ele arrombava, e pensou consigo mesmo: " Não deve ser muito diferente, tomara que esse jumentinho não seja tão escandaloso quanto as galinhas".

Mais do que rapidamente, F. abaixou as calças e montou em cima do jumento, encalcando o mesmo...

Nisso, desesperado, o padrinho de F. grita:

- F. seu maluco, o que oce ta fazendo seu moleque doidio.

E F. todo ofegante, empurrando a bunda do jumentinho para frente e pra tras, respondeu:

- Ué, to perdendo a virgindade, o senhor não falou pra mim montar no jumentinho e ser homem, é o que to fazendo, respondeu todo ofegante.

E num instante de lucidez o padrinho de F. explicou em alto e bom tom, para que ele entendesse e parasse com aquele vexame na frente de todos:

- Sim. F., mas era para montar no jumentinho e atravessar o rio. A zona com a mulherada fica do outro lado do rio, o jumentinho a gente usa só pra atravessar o rio e não para encalcar ele.

Depois desse dia, comovido com a historia, politicos da região construiram a ponte que liga Peabiru a Araruna, e o jumentinho, assim que F. desengatou do mesmo, sumiu pelo mato e nunca mais se ouviu falar nele.



@ todos os direitos autorais autorizados por F. Boy.

Estatistica

Estatistica, muito boa... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sete Quedas

O Salto de Sete Quedas também chamado Salto Guaíra (em espanhol: Saltos del Guairá) foi a maior cachoeira do mundo em volume de água, até o seu desaparecimento com a formação do lago da Usina hidrelétrica de Itaipu.





Apesar do nome, eram constituídas por 19 cachoeiras principais, sendo agrupadas em sete grupos de quedas. Recordistas mundiais em volume d'água, as Sete Quedas eram o principal atrativo turístico de Guaíra.


Quando da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, ocorreu uma super visitação ao parque nacional das sete quedas. Milhares de pessoas, de todas as partes do Brasil e do mundo, iam a Guaíra para presenciar os últimos dias das Sete Quedas.




Uma das personalidades que vieram se despedir de Sete Quedas, foi o presidente do Brasil, na época, João Figueiredo, que, indagado se não poderia fazer nada por Sete Quedas, ele respondeu:
"Se eu salvar Sete Quedas, o que vou fazer com aquela tremenda construção de Itaipu.


Devido à superlotação, em 17 de Janeiro de 1982, ocorreu a queda da ponte Presidente Roosevelt, que dava acesso ao salto 19, tendo como consequência a morte de 32 pessoas. No entanto, 6 pessoas sobreviveram, salvas por pescadores de Guaíra.



Às vésperas da inundação, uma grande manifestação ocorreu no parque nacional das Sete Quedas. Centenas de pessoas se reuniram e realizaram o ritual indígena Quarup, em memória das Sete Quedas.
Em 13 de Outubro de 1982, o fechamento das comportas do Canal de Desvio de Itaipu começou a sepultar, com as águas barrentas do lago artificial, um dos maiores espetáculos da face da Terra: as Sete Quedas do Rio Paraná ou "Saltos del Guaíra".

Durante a inundação, os moradores de Guaíra iam até a beira do rio para se despedirem das Sete Quedas. Foi uma época muito triste, segundo pessoas que viveram esta tragédia de perto.


A inundação das Sete Quedas durou apenas 14 dias, pois ocorreu em uma época de cheia do rio Paraná, e todas as usinas hidrelétricas acima de Itaipu abriram suas comportas, contribuindo com o rápido enchimento do lago.

Portanto, em 27 de outubro de 1982, o lago estava formado e as quedas, submersas. Nos dias seguintes ao alagamento, apenas as copas das árvores ficavam acima do nível do rio, uma cena um tanto deprimente, pois pareciam "mãos pedindo socorro".


De acordo com levantamentos altimétricos a primeira ponte - a do Saltinho - ficava a 204 metros acima do nivel do mar, o que significa que o lago formado pela represa de Itaipu, ao atingir sua cota que é de 220 metros acima do nível do mar, deixou esta ponte sob 16 metros abaixo da lâmina de água.

Posteriormente, a parte do afloramento rochoso foi dinamitado para melhorar as condições de segurança da navegação

Em 1982, às vésperas dos 80 anos, o poeta Carlos Drummond de Andrade expressou sua inconformidade com a destruição do Salto de Sete Quedas, um patrimônio natural do Brasil e da humanidade.

Na edição de 9 de setembro, quando afinal se anunciava o fechamento das comportas para a criação do lago da hidrelétrica de Itaipu, Drummond publicou este poema no
Jornal do Brasil. Em letras grandes, os versos ocuparam uma página inteira, a capa do Caderno B:

"Sete quedas por mim passaram,e todas sete se esvaíram.
Cessa o estrondo das cachoeiras, e com ele a memória dos índios, pulverizada, já não desperta o mínimo arrepio.
Aos mortos espanhóis, aos mortos bandeirantes, aos apagados fogos de Ciudad Real de Guaira vão juntar-se os sete fantasmas das águas assassinadas por mão do homem, dono do planeta. Aqui outrora retumbaram vozes da natureza imaginosa, fértil em teatrais encenações de sonhos aos homens ofertadas sem contrato.
Uma beleza-em-si, fantástico desenho corporizado em cachões e bulcões de aéreo contorno mostrava-se, despia-se, doava-se em livre coito à humana vista extasiada. Toda a arquitetura, toda a engenharia de remotos egípcios e assírios em vão ousaria criar tal monumento.
E desfaz-se por ingrata intervenção de tecnocratas. Aqui sete visões, sete esculturas de líquido perfil dissolvem-se entre cálculos computadorizados de um país que vai deixando de ser humano para tornar-se empresa gélida, mais nada.
Faz-se do movimento uma represa, da agitação faz-se um silêncio empresarial, de hidrelétrico projeto. Vamos oferecer todo o conforto que luz e força tarifadas geram à custa de outro bem que não tem preço nem resgate, empobrecendo a vida na feroz ilusão de enriquecê-la.
Sete boiadas de água, sete touros brancos, de bilhões de touros brancos integrados, afundam-se em lagoa, e no vazio que forma alguma ocupará, que resta senão da natureza a dor sem gesto, a calada censura e a maldição que o tempo irá trazendo?
Vinde povos estranhos, vinde irmãos brasileiros de todos os semblantes, vinde ver e guardar não mais a obra de arte natural hoje cartão-postal a cores, melancólico, mas seu espectro ainda rorejante de irisadas pérolas de espuma e raiva, passando, circunvoando, entre pontes pênseis destruídas e o inútil pranto das coisas, sem acordar nenhum remorso, nenhuma culpa ardente e confessada.
("Assumimos a responsabilidade! Estamos construindo o Brasil grande!")
E patati patati patatá... Sete quedas por nós passaram, e não soubemos, ah, não soubemos amá-las, e todas sete foram mortas, e todas sete somem no ar, sete fantasmas, sete crimes dos vivos golpeando a vida que nunca mais renascerá".
No site itaipu.gov.br, estudos geológicos, informam que a vida útil da usina, em função do assoreamento do lago, é de no mínimo 200 anos, no entanto resquícios de Sete Quedas aparecem quando o nível de água da usina está baixo.
Sete Quedas, jaz nas seguintes coordenadas:  
24° 04′ S 54° 17′ W.







Fonte:

Fotos:
Todos os direitos reservados a Sete Quedas Vive